Sigmund Freud , o criador da psicanálise, sempre insistiu no aspecto terapêutico do ato de colecionar. Dizia que a colação organiza o pensamento e a vida pisíquica do sujeito, equilibrando angustias e balanceando o investimento libidinal.
Ele mesmo possuia um enorme acervo que cuidava com paixão e esmero estudando as relações simbólicas entre os objetos. Colecionar é uma das formas mais antigas de estabelecer uma ordem no caos. E, muitas das reflexões do psicanalista foram estimuladas pela simples observação desses objetos.
Para ele, as peças funcionavam como portais do tempo como via de contato entre o arcaico e o moderno, como passagens que ligavam a memória a mente do homem.
Na foto acima vemos Freud em seu escritório com seu cão chow-chow cercado por seus objetos de coleção. A coleção, é uma arte da memória, uma tentativa de reunir tempos que não se aproximam; a oportunidade de prestar atenção nas desigualdades do tempo que se apresentam de forma irregular, facetadas.
Você tem alguma coleção? Papéis de carta, caixinhas de fósforos, ursinhos de pelúcia ? Fotos de banda? Violetas? Saiba que a coleção pode ajudar a construir um conhecimento circular e infinito.