segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Distração de arquiteto




O projeto do arquiteto português Álvaro Siza para o Museu Iberê Camargo não comtempla a visão do Guaíba e seu por de sol indescritível. Suas passagens e corredores aéreos abraçam a estrutura  que possui um pé direito grandioso. Andando  pelos corredores podemos apreciar a cidade por pequenas janelinhas que enquadram a cidade como fotos  aleatórias de uma galeria em movimento. E ali, andando, lembrei de Maria Helena Bernardes quando me deparei com aquele pedaço de corredor pouco iluminado que não levava a lugar nenhum.... 
                                            Uma vaga ... talvez uma distração de arquiteto.






Museu Iberê Camargo






O Museu Iberê Camargo foi projetado pelo arquiteto português Álvaro Siza, um dos cinco arquitetos contemporâneos mais importantes do mundo. O projeto recebeu o Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza em 2002 e é mérito especial da Trienal de Design de Milão. No Brasil, Siza foi agraciado com a Medalha de Ordem ao Mérito Cultural em 2007 e recebeu A RIBA Gold Medal, que é um dos prêmios mais prestigiosos da arquitetura.

























Hélio Oiticica






"A experiência da cor, elemento exclusivo da pintura, tornou-se para mim eixo mesmo do que faço, a matéria pela qual inicio uma obra" - Hélio Oiticica. 
A cor-luz se manifesta e determina a própria estrutura. O fundo é o próprio universo.
E a gente lá, feliz, no meio disso tudo... vai saber...











Carlos Cruz-Diez




"Cor aditiva". É como Carlos Cruz-Diez, pintor venezuelano, chama este efeito ótico que a obra provoca no observador conforme ele se desloca diante dela. Chamada de arte cinética, o artista é um dos principais expoentes deste tipo de arte. Obras em exposição no museu Iberê Camargo. Phisicromie 1969 - pintura de caseína sobre pvc e lâminas de acetato sobre compensado.














Jesús Soto





"....a vibração não se percebe como algo tangível, como algo que tem a ver com o corpo: é ótica pura, sem substância física" assim Jesus Soto, artista venezuelano define o ato de desenhar no espaço e sobretudo os efeitos vibratórios da luz e da cor.








Desenhar no Espaço




 A exposição Desenhar no Espaço - artistas abstratos do Brasil e da Venezuela na Coleção Patricia Phelps de Cisneros  está no Museu Iberê Camargo.  Com a curadoria de Ariel Jiménez, estabelece um diálogo entre Brasil e Venzuela através de  artistas neo-concretos do Brasil como Heílio Oiticica e cicéticos como Jesus Soto da Venezuela. 


A coleção mostra o desejo de artistas em diferentes lugares de América Latina de passar da
pintura, do plano, para o espaço, o que é comum e o que é diferente entre eles e como cada um fez isto.


 Um oportunidade para conferir no Museu Iberê Camargo  até dia 31 de outubro. Em seguida, publico alguns trabalhos de Jesus Soto, Carlos Cruz-Diaz e o brasileiro Hélio Oiticia.








Escadas, caminhos, muros e vagas
















           

 


                                          


  



            


 

        
                


 




                                                    


                                  


                    


           






                                                   


                                                    


                                           



quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"Hauro Ohara" na mostra de Curtas em SP




"Hauro Ohara", filme do diretor Rodrigo Grota e produzido por Bruno Gering foi o curta mais premiado em Gramado. Recebeu 5 prêmios incluindo o de melhor filme pelo júri oficial, melhor direção e melhor fotografia. Grota mostra uma sensível humanidade através deste filma sobre a vida deste fotógrafo japonês que registrou, ao longo de 50 anos a vida da região, da família através de um acervo da cerca de 20 mil fotos.  São fotografias estonteantes em P&B.

Agora, o filme é apresentado no Festival Internacional Curtas de São Paulo.






















Hauro Ohara (  Kochi, 1909—  Londrina, 1999 ), imigrou com a família para o Brasil em 1927 e trabalhou como colono numa fazenda de café no interior de São Paulo. Em 1933 transfere-se para Londrina onde trabalhou na plantação de café e na produção de frutas e flores.

Hauro Ohara começou a fotografar a partir de 1938, data em que adquire uma câmara de um amigo. Em 1951, com o avanço da cidade, os Ohara têm de vender suas terras para a construção do aeroporto. Haruo Ohara passa a residir num casarão na cidade.
Nesta época, sempre carrega uma câmara nas suas andanças. Em 1951, funda, ao lado de outros fotógrafos, o Foto-Cine Clube de Londrina, e associa-se ao Foto-Cine Clube Bandeirantes de São Paulo, participando de vários salões. Assina revistas especializadas, lê muito, pesquisa, conhece a estética fotográfica de seu tempo. No final da década de 11970, abandona a fotografia em preto e branco e escolhe a foto colorida. Começa a ter alguns reconhecimentos pela sua arte.
Quando dos 80 anos da imigração japonesa, em 1988, foi homenageado pelo pioneirismo e pela obra fotográfica que representa a memória de Londrina. A primeira exposição individual, com 70 fotos, foi organizada dez anos depois, por iniciativa do Festival Internacional de Teatro de Londrina, sendo apresentada também na 2ª Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba. O fotógrafo e curador Orlando de Azevedo aprofundou a pesquisa e em 2000 apresentou uma exposição de 160 obras na 3ª Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba.
Em 2003 foi editado e lançado em Londrina uma biografia contando a trajetória de vida de Haruo, escrita pelo jornalista Marcos Losnak e o historiador Rogério Ivano, intitulada "Lavrador de Imagens".
Nesse mesmo ano Haruo Ohara foi convidado a integrar a 12ª Coleção Pirelli/MASP de Fotografia, onde faz parte com 5 das suas significativas imagens. Nessa mesma edição Haruo Ohara foi homenageado com uma sala especial apresentando outras 37 fotografias, com curadoria do sr. Mario Cohen.
No ano de 2008, todo o precioso acervo de Haruo Ohara, seus 20.000 negativos, seja em pb e cor, da sua trajetória fotográfica de 1938 a 1994, incluindo álbuns, diários, equipamentos, foram doados pela família ao Instituto Moreira Salles. A história de Haruo Ohara encontra-se devidamente preservada na Reserva Técnica Fotográfica do Instituto, junto aos grandes nomes da fotografia brasileira.

Fotos:



Festival Internacional de Curtas SP



O Festival Internacional de Curtas de São Paulo, de 19 a 27 de agosto, traz participantes do recente Festival de Gramado, como "Haruo Ohara", "Amigos Bizarros de Ricardinho", "Carreto", "Babás", "Anjos no Meio da Praça", etc. Em Gramado, o codiretor Alê Camargo contou que "Anjos" nasceu de um sonho que teve - literalmente. As imagens desses anjos caídos numa praça e aprisionados por humanos atiçou seu imaginário e, com a cumplicidade da mulher - Camila Carrossine -, ele fez o curta em 3-D, incorporando experiências visuais de um filme conhecido do grande público, "Amélie Poulain", de Jean-Pierre Jeunet.






Desolação em Capão Novo



Apesar de todos os esforços que foram feitos para o resgate, a baleia jubarte não resistiu. A desolação de todos foi registrada na foto de Marcelo Nitschke , rbs.












quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Vídeo Portraits







O Robert Wilson Video Portraits terá mostra no Santander Cultural pelo Porto Alegre em Cena. Os temas dessa série são vídeos em alta definição de Brad Pitt, Gao Xingjian, Winona Ryder, Jeanne Moreau, Mikhail Baryshnikov, Renee Fleming, incluindo também o vídeo de vários animais. Esse trabalho já foi mostrado no Tribeca Film Festival, Nova Iorque, em galerias e museus de Los Angeles, Nápoles, Moscou, Singapura, Graz, Milão, Hamburgo. Abaixo, veja um retrato em tamanho natural em vídeo de Brad Pitt.... Nossa curiosidade terá que esperar....





Porto Alegre em Cena



De 8 a 27 de setembro acontece o 17º Porto Alegre em Cena. Alguns dos melhores encenadores e artistas estarão reunidos: Bob Wilson com a muntagem “Happy Days”, de Samuel Beckett e a magnífica exposição VIDEO PORTRAITS que já passou por todas as grandes capitais do mundo vem graças ao Porto Alegre em Cena e ao Santander Cultural.
Confira toda a programação no site:




Jubarte


Apesar dos esforços para salvar a baleia jubarte que estava encalhada  entre as praias de Arroio Teixeira e Capão Novo, o animal que ontem foi acompanhado por uma lancha da Petrobrás até alto mar, voltou a encalhar no mesmo ponto em que esteve antes. 






Desta vez a jubarte encalhou de frente para a praia tornado práticamente impossível o seu resgate com vida. O animal, que está sendo monitorado por biólogos, apresenta dificuldade para respirar e a cada hora o salvamento se torna mais difícil. Não está descartada a possibilidade  de o animal ser sacrificado já que a chance de desencalhe é muito remota.