O arquiteto português Álvaro Siza Vieira foi selecionado para projetar o Museu Iberê Camargo. O projeto de Siza foi condecorado com o Leão de Ouro na 8ª Bienal de Arquitetura de Veneza. O projeto em seu exterior chama a atenção por suas formas arrojadas em grandes alças que abraçam toda a estrutura que parece flutuar no seu interior. Muito lindo.
Dentro possui um pé direito que comtempla toda a estrutura de maneira que quando você chega e olha para cima consegue ver todo o prédio no seu interior. É muito impressionante. A luz vem toda do alto e ilumina os diversos andares do Museu. A obra de Iberê fica no último andar onde recebe mais luz, e o visitante tem que percorrer todo o prédio para alcançar a obra de Iberê Camargo. Outros andares são destinados a exposições temporárias . E, no meio de tudo, o pé direito que une toda a estrutura.
Os corredores que levam aos diversos estágios são as alças externas de maneira que, quando são percorridos você não tem nenhuma visão do Museu, e da parte exterior somente o que você conseguir ver através de minúsculas janelinhas. O Guaíba, a cidade, tudo fica minimizado, quase como um figurinha de álbum.
Segundo o arquiteto, esta disposição arquitetônica favorece a relação direta entre o espectador e a obra de arte, o que torna o contato com o trabalho de Iberê Camargo ainda mais rico. Será? Acho que a obra de Iberê ficou muito distanciada e acaba se perdendo diante da obra arquitetônica que parece se agigantar em laços e abraços. Também seria, segundo a explicação dos monitores do Museu, fonte de muita luz e calor a interferência de aberturas. Por isso, a opção em fazer aberturas no alto. Agora, estas aberturas no alto ferem a própria obra de Iberê com luz e especialmente calor próximo.... Aqui é um país tropical...
Resolvi fazer uma publicação das janelinhas que são o único e definitivo contato com a cidade. Temos arquitetos brasileiros maravilhosos. É uma pena que nenhum tenha sido lembrado.
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