Buzinaço, carreata, sinetas, festa e algazarra.... as pessoas saiam para fora das casas, abanavam, conversavam.... A carreata parava... trocavam de carro. Batiam nas portas do amigos. Tudo isso era sinal de festa, de baile em ATex. Podia ser lá pro lados do Holiday, depois quando a Sapat ainda era só um "galpão" de madeira na rua Maneca Quadros - proximidades do Hotel Ilha Bella, onde hoje deve ser o restaurante - e depois no lugar onde todos conhecemos.
Mas não era tão fácil assim. As famílias iam para os bailes, mesmo os que moravam longe do centro, e carregavam lanternas. Grandes lanternas à pilha para iluminar o caminho da volta. Sempre por causa da " casinha da luz". Sim... ela era a culpada de tudo. Ela terminava os bailes...
A luz era desligada sempre à meia noite. Depois disso, quem quisesse fazer um carteado cm os amigos até altas horas, dependia do lampião. Era assim... a "casinha" mandava um aviso: uma piscadela 15 minutos antes de apagar, depois outra piscadela e por fim, apagava... tudo escuro.
Lembro de que se o baile era muito bom o pessoal da Sapat sair correndo do baile e ir até a"casinha" para pedir mais uma hora de luz... e conseguir ... Sucesso! Mais uma hora de baile.
Ninguém mais nem lembra que faltava luz, ninguém lembra que no começo nem havia luz, somente a chama frágil dos lampiões escorregando para fora das vidraças. A gente acostuma com que é bom. Mas a "casinha da luz" continua lá... não muito iluminada, é verdade !
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